2ª aula
A biblioteca é espaço de transformação e resistência
A segunda aula do curso de extensão aconteceu na Biblioteca Comunitária Paulo Freire em Rancho Fundo, ministrada pela Rede Baixada Literária que contou um pouco da sua história de atuação pelo direito à leitura. De maneira prática e dinâmica, foram premiados alguns alunos à mediarem uma poesia ou texto para os demais, além disso compartilharam as suas experiências com letramentos e direitos humanos.
Baseado no livro de Antônio Cândido, “O Direito à Literatura”, os alunos se reuniram em grupos e montaram algum produto para apresentar para os demais. Teatro, paródia, cartazes e um texto deram vida as ideias e o significado da leitura de cada grupo.
3ª aula
A construção do espaço urbano é feita por quem transita e vive a cidade
A terceira aula do Curso de Extensão – Letramentos e Direitos humanos aconteceu na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, ministrada por Bruno Coutinho (UERJ), João Guerreiro (IFRJ) e Alexandre Pimentel (IFRJ), discutindo a temática: (Re)escrevendo a cidade, produção cultural e resistência.
O início da aula foi apresentada de forma técnica a cultura e os significados da civilização.
Alexandre Pimentel, representante do Instituto Federal do Rio de Janeiro, afirma: “Não é necessário trazer cultura para a Baixada como se fosse um espaço vazio. A gente precisa ser reconhecido e que esses lugares são produtores de cultura e nesses territórios circulam informação, memória, identidade.”
A Baixada Fluminense com toda a dimensão geográfica revela em seus municípios uma diversidade cultural onde as pessoas praticam a cidade o tempo inteiro e constroem esse lugar dando significado a escrita e as leituras de (re)existência – resistir para reafirmar o seu modo de vida. A Baixada é lugar que floresce cultura, os coletivos e produtores movimentam esse cenário com Saraus, Cineclubes, Festivais, Cortejos, Palhaçaria, Livro e Leitura e bandas que ocupam o espaço urbano.
Divididos em grupos, os participantes compartilharam os trajetos que fazem e seus motivos, criando personagens com características dos territórios de cada um, representados por vivências e memórias de quem transita na cidade e se reproduz nas narrativas do espaço público.
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4ª aula
As escritas do nosso território
A quarta aula do Curso de Extensão – Letramentos e Direitos Humanos aconteceu na Sede do Instituto Enraizados, em Morro Agudo, contando com a presença de escritores e poetas que movimentam o cenário diverso da escrita e do território.
No início da aula, foi mediado o livro “Correspondência” de Bartolomeu Campos de Queiroz, pela as mediadoras de leitura da Biblioteca Comunitária Professora Judith Lacaz, Celina Borges e Suzete de Andrade, o livro são correspondências de pessoas que expressam as suas ideias sobre a constituição. Uma mistura de poesia e simbologia destacando a participação em processos importantes. Esta aula foi mediada pela Rede Baixada Literária e pelos autores Thiago Kuerques, Antônio Feitoza e pelo Instituto Enraizados, Dudu Morro Agudo, onde compartilharam as suas experiências na escrita do Território reforçando a identidade da Baixada Fluminense.
Em sua fala, Thiago Kuerques, autor do livro “Território”, afirma a importância de fazer com que as coisas legais que acontecem na Baixada seja propagadas para outros lugares, e reforça que a sua escrita vem a partir das vivências, da observação, da pesquisa que foi feita nesse lugar e continuará fazendo isso.
Antônio Feitoza, professor e um dos idealizadores do Sarau Cantando Contos, contou um pouco da história de Morro Agudo e como a literatura começou a fazer parte da sua vida. “Não tenho livro publicado, mas tenho muitas poesias em coletâneas junto com outros autores”. Antônio, destaca que quando começou a escrever suas poesias percebeu que era importante divulgar as suas escritas, então separou um dia para vender seus fanzines nos bares do Centro do Rio.
Dudu Morro Agudo, fundador do Instituto Enraizados, relatou as suas experiências com o movimento do Rap e como o grafite e a poesia começou a fazer parte da sua vida. Primeiro, descobrindo que ele podia errar e podia também ter duas opiniões sobre a mesma coisa. E a outra ideia que fez com que nascesse o Instituto Enraizados é que “Que o rap é libertador e que todo jovem, preto tinha que conhecer o rap e assim eu ia mudar o mundo com isso”, destacou.
No final da aula, o grupo de jovens do “Enraizados no vagão”, apresentaram poesias e declamações que fazem cotidianamente nos trens Japeri.
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5ª aula
Na rua se respira resistência.
Envolvendo diversos agentes culturais da cidade que promovem eventos e ocupam o espaço público usando as variadas formas de escrita e leitura. A sexta aula do Curso de Extensão: “Letramentos e Direitos Humanos”, aconteceu na Praça dos Direitos Humanos em Nova Iguaçu, com a presença do Cineclube Xuxu ComXis, Baixada Literária e Roberta Miranda, poeta e madrinha de muitos Saraus que acontece na Baixada Fluminense.
No início da aula, Mônica Verdam falou um pouco sobre a história da Praça dos Direitos Humanos e dos movimentos culturais que ocupam este lugar. Além disso, apresentou o vídeo institucional da Rede Baixada Literária. Megafones ao alto, aproveitando esse espaço, os participantes declamaram o cordel da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Logo após, a poeta, Roberta Miranda, contou um pouco das suas experiências com Saraus e a importância da comunicação e da força entre eles. “Esses movimentos acontecem por que tem muita gente que produz cultura na cidade, se eu preciso de alguém pra editar, tem uma galera que faz isso, por exemplo, as meninas do Xuxu Comxis. A gente sempre se encontra nos eventos e essa vontade de fazer fortalece a cultura da cidade.”
Para encerrar a aula, o Cineclube Xuxu ComXis fez uma dinâmica intensificando a ideia de rede, cada um no seu território fazendo ou participando de eventos de quem faz movimentam esse cenário e fortalece essa rede. Além disso, foi exibido o filme com produção coletiva: “Poesia Segunda Pele”- Xuxu Comxis , com a presença de Pâmela Ohnitram e Isabella Tavares e “Cineclubismo na BF” – Laranja Vulcânica com a presença da Diretora Carol Vilamaro.
Agradecemos à todas que estiveram nessa aula e embarcaram nesse projeto. Gratidão!
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6ª aula
Mãos para o alto, megafone em alto som!
É resistência e permanência nos espaços de acesso público. A escuta será permanente, por que negros, negras, mulheres, gente da periferia tem muita pra dizer e muito mais para lutar.
Na última aula do curso de Letramentos e Direitos Humanos, Mônica Francisco, falou sobre a comunicação popular e como fez ecoar as vozes da favela nas rádios e o que a sua escrita revela e afirma sobre os espaços que estava inserida. Adriana Carvalho, deixou um relato bem sensível de todos os momentos que foram costurados nas memórias de cada um que esteve no curso.
Rolou troca troca literário, e o livro empoeirado da estante de um, foi ser lido e apreciado por outro. Além disso, os alunos participaram dos jogos literários que a Rede Baixada Literária organiza nas bibliotecas comunitárias.
Gratidão, leitura, letramentos, força, garra, escrita, resistência!
Tantas palavras e sentimentos que sentiremos saudades de compartilhar.